EM PORTO VELHO (RO), ESCRITORA SOFRE AMEAÇA DE CUNHO RACISTA E PRECONCEITO RELIGIOSO
Em nota publicada nas redes sociais, a escritora Zeneide Lins Azevedo, a “Zeneide de Navêzuarina” de Porto Velho, Rondônia, afirma ter sofrido ataques de cunho racista e preconceito religioso após ser exposta nas redes sociais por uma vereadora do Partido Liberal (PL). Ela disse estar temerosa pelo risco de morte desde o lançamento do seu livro, “Meu Terreiro, meu axé”, um livro que celebra a cultura afro-brasileira e reforça a importância do respeito e da representatividade desde a infância.
“Me chegaram mensagens racistas e preconceituosas. As coisas se intensificaram na segunda-feira dia 24 de março, quando minhas redes sociais e a rede social da produtora do livro passaram a ser atacadas, não só tentaram derrubar minhas contas, como também encheram de comentários ofensivos, preconceituosos, racistas e intimidadores. Há pouco, recebi um vídeo, de uma figura pública, que ocupa cargo político e deveria ser uma defensora da sociedade em geral, independente de cunho religioso ou credo, como atesta a Constituição, mas que ao contrário disso, tem incitado ainda mais a violência que tenho sofrido. Até mesmo se pondo a propor um projeto de lei que proíba as leis de incentivo cultural no município de Porto Velho. Até o momento, nenhum órgão ou secretaria se manifestou. E eu, por medo do risco que eu, minha família e terreiro corremos, venho aqui, publicamente, pedir que algo seja feito”.
Mande seu apoio para a escritora através do seu instagram @zeneidalins
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) segue defendendo a aprovação de uma emenda constitucional que restabeleça a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
Segundo a presidente da entidade, Samira de Castro, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que revogou essa obrigatoriedade, resultou em um cenário de menor compromisso com a veracidade dos fatos. Em entrevista à Tv Senado, Samira de Castro disse que a regulamentação anterior representava um critério transparente de acesso à profissão e assegurava um nível mínimo de qualificação dos jornalistas. “Nós precisamos ter compromissos éticos para entregar para a sociedade o melhor produto possível. Estou falando de uma profissão que envolve muito a vida das pessoas, que envolve responsabilidades que nem todas as pessoas, por mais que tenham o dom de se comunicar, podem exercer profissionalmente”, afirmou. Assista a entrevista: Federação quer a volta da exigência do diploma de jornalista – YouTube
III Semana Nacional de Jornalismo da ABI discute rumos da comunicação
Com o tema Novos Rumos da Comunicação, a Associação Brasileira de Imprensa realiza, de 7 a 11 deste mês, a III Semana Nacional de Jornalismo, um espaço para reflexão sobre a Comunicação no país. Serão enfrentadas, nesses cinco dias, questões como o diploma de jornalista, o deserto de notícias, a regulamentação das big techs e as fakes news, o papel do jornalismo na batalha de ideias e o jornalismo comunitário – desafios, ameaças e oportunidades. O evento é organizado pela Comissão de Educação da ABI.
A III Semana será realizada em cinco cidades: Curitiba, Fortaleza, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, com as parcerias da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Associação Cearense de Imprensa, da Universidade de Brasília (UnB), do Departamento de Jornalismo e Editoração, Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), do Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.
As mesas de debates serão transmitidas pelo canal da ABI no YouTube. III SEMANA NACIONAL DE JORNALISMO ABI – DIA 1 – YouTube
Comunistas e jovens foram as maiores vítimas da ditadura, aponta pesquisa
Um levantamento inédito do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), divulgado na segunda-feira (31) de março, detalhou o perfil dos 434 mortos e desaparecidos políticos na ditadura. A análise se baseou no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), concluída em 2014. Segundo a pesquisa, 82,5% dos mortos pertenciam a alguma organização política – de partidos a entidades, na cidade e no campo. A organização mais alvejada foi o PCdoB (Partido Comunista do Brasil), que teve 79 militantes e dirigentes executados pela ditadura. A Ação Libertadora Nacional (ALN) perdeu 60 membros, e o PCB (Partido Comunista Brasileiro), 41.
O levantamento do MDHC mostra que, de cada cinco mortos sob o regime militar, um era ligado ao PCdoB. Boa parte dessas vítimas participou da Guerrilha do Araguaia, como Maurício Grabois, Carlos Nicolau Danielli, João Carlos Haas Sobrinho, Helenira Resende, Dinalva Conceição Oliveira Teixeira (“Dina”) e Osvaldo Orlando da Costa (“Osvaldão”). Além dos comunistas, a ditadura mirou outro alvo preferencial: os jovens que resistiam aos crimes do regime. Nada menos que 49,3% dos mortos e desaparecidos políticos na ditadura tinham entre 18 e 29 anos. O índice chega a 77,4% se forem consideradas todas as vítimas que tinham de 18 a 44 anos. Houve, ainda, cinco assassinatos de adolescentes entre 12 e 17 anos, além da morte de uma criança de menos de um ano de idade.
A prevalência da juventude nessa lista revela que a ditadura não se limitou a pôr na ilegalidade a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). Tanto que 32,3% das vítimas do regime eram estudantes – ou um a cada três mortos e desaparecidos políticos.
É o caso de Edson Luís (secundarista, morto aos 18 anos), Honestino Guimarães (ex-presidente da UNE, assassinado aos 26 anos) e Alexandre Vannucchi Leme (estudante da USP, morto aos 22). Várias instituições – entre elas, a USP (Universidade de São Paulo) – têm feito diplomação simbólica de seus ex-alunos perseguidos pelo regime. Diferentemente do que fez com o movimento estudantil, a ditadura preferiu manter ativas as principais entidades sindicais, mas optando por enquadrar suas direções, nomeando interventores e proibindo greves. Ainda assim, a repressão aos trabalhadores levou a diversos assassinatos. https://082noticias.com/2025/04/03/comunistas-e-jovens-foram-as-maiores-vitimas-da-ditadura-aponta-pesquisa/
Incêndio destrói moradia improvisada de migrantes – duas crianças morrem carbonizadas
Dois irmãos venezuelanos, um menino de 3 e uma menina de 5 anos, morreram carbonizados dentro de um quarto em uma moradia improvisada localizada no bairro São Vicente, em Boa Vista, Roraima.
A suspeita inicial dos Bombeiros é a de que as chamas foram causadas por curto circuito de instalações elétricas irregulares. O incêndio foi apenas no quarto onde as crianças estavam. As vítimas viviam no local com a mãe e o padrasto. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 1 de abril. Muitos migrantes moram em vilas improvisadas nos bairros da periferia da cidade.
Com os cortes na área de proteção a migrantes realizados pelo presidente dos E.U.A. Trump, o apoio a crise migratória vem enfrentando uma série de dificuldades em todo o planeta.